6 de março de 2011



Trêmula de frio

Sinto vontade de você.
Pergunto-me então.
Que fazer com meu desejo
Quando mais preciso de ti e não estás?
Sem teus braços para me aquecer
E teus beijos para saciar minha sede.
Que fazer com minha vontade
Quando sou só metade?
Viajo na imaginação
Vagueio por sonhos.
Mas as cicatrizes em meu peito
Causadas pela dor da tua ausência
São testemunhas desta distância.
Saio e deixo a chuva cair sobre mim
Enquanto sinto a agua correr por meu corpo.
Imagino tuas mãos
A percorrer meus caminhos.
Em delírios...
Busco-te, atingindo o êxtase.
Sinto o gozo solitário.
E logo uma lágrima
Mistura-se a água da chuva.
Mais uma vez a distância venceu...
E tua ausência é sentida.